A Cannabis sativa, popularmente conhecida como maconha, é uma droga que, assim como a maioria das plantas, possui propriedades que podem tanto ser benéficas e úteis na terapêutica, quanto tóxicas e capazes de causar dependência.
Na nossa sociedade, a maconha não é utilizada como uma substância de nosso arsenal terapêutico, sendo muito explorada como droga de abuso, onde seu consumo é muito frequente, principalmente entre estudantes e universitários. Esse fato faz com que a hipótese de uso da maconha voltado para o tratamento de muitos doentes seja rejeitada, mesmo que já tenham estudos que comprovam os benefícios trazidos pela Cannabis sativa.
Efeitos tóxicos:
Os efeitos fisicos agudos incluem a hiperemia das conjuntivas (olhos avermelhados); Xerostomia (boca seca) e o coração disparado – os batimentos podem chegar a 120 por minuto. Já os efeitos psíquicos agudos variam entre as pessoas e de acordo com a qualidade da maconha, podendo ir de calma, relaxamento e vontade de rir, para sudorese,tremor e sensação de angústia.
Os efeitos físicos crônicos da maconha são mais graves. O uso prolongado da maconha no homem pode provocar a diminuição da testosterona e na mulher pode chegar até a causar a diminuição dos óvulos. Os efeitos psíquicos crônicos interferem na capacidade de aprendizagem e memorização, levando até mesmo à falta de estímulo.
Efeitos terapêuticos:
http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2010/05/medicos-querem-criar-agencia-para-regular-uso-medicinal-da-maconha.html
O uso medicinal da Cannabis é permitido em alguns estados americanos e em países como Holanda e Bélgica, tendo como finalidade de uso o alívio de sintomas relacionados ao tratamento de câncer (auxilia na diminuição da dor), da AIDS (a droga evita náuseas e vômitos), da esclerose múltipla, da síndrome de Tourette, que causa movimentos involuntarios (a droga diminui os espasmos) e tratamento de glaucoma (a droga diminui pressão intraocular). Pode ser explorado também seu efeito broncodilatador e anticonvulsivante.
Após realizada uma discussão entre nosso grupo, chegamos a conclusão de que somos todos a favor do uso da maconha na terapêutica. Essa decisão partiu do fato de que ela pode trazer benefícios para os que precisam, uma vez que possui estudos que garantem sua eficácia, e de que não foi descoberta ainda nenhuma outra substância equivalente que tenham este mesmo efeito terapêutico. Sendo assim a introdução da maconha em nosso arsenal terapêutico seria considerada um avanço no tratamento de muitas doenças que são frequentes na população brasileira. Como sabemos que os maiores problemas relacianados à liberação do uso da maconha diz respeito ao seu potencial de causar dependência, o grande medo existente entre as autoridades do poder público é que seu uso seja muito maior como droga de abuso do que como droga de uso terapêutico. Hoje, no mercado braisleiro, há grande variedade de medicamentos utilizados na terapêutica e que também causam dependência. Estes também acabam sendo utilizados como droga de abuso, portanto não se estabelece um raciocínio lógico para a proibição do uso da Cannabis na terapêutica. Uma maneira inteligível, ao nosso ver, para resolver esse impasse seria restringir o acesso da maconha exclusivamente aos pacientes que precisem utilizá-la na terapêutica, comercializando-a como um medicamento controlado.
Referências:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422006000200024
http://www.aids.gov.br/noticia/provas-cientificas-dos-efeitos-terapeuticos-e-medicinais-da-maconha-cannabis-sativa-nao-falt
http://www.unifesp.br/dpsicobio/cebrid/quest_drogas/maconha.htm#13 http://www.aids.gov.br/noticia/provas-cientificas-dos-efeitos-terapeuticos-e-medicinais-da-maconha-cannabis-sativa-nao-falt
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